sexta-feira, 27 de abril de 2007

O sacrifício de amor (Gn. 22)

Responda rápido: Qual episódio da vida de Abraão mais lhe chama a atenção?

Creio que mais da metade das pessoas que respondem a essa pergunta dirão o que lemos no capítulo 22 de hoje: a prova de amor de Abraão ào Senhor.

Mais uma vez, Deus coloca a fé de Abraão à prova. Apesar de Deus ter feito a promessa de uma grandiosa nação mediante Isaque, esse propósito parecia estar cheio de percalços.

E afinal, o que Deus quer? Fé, diz a Bíblia. Confiança sem limites, sem reservas, apesar das circunstâncias.

Mas Deus não poderia pedir algo mais fácil? Afinal, depois de anos e anos aguardando a tão sonhada chegada do filho prometido, ele simplesmente deveria entregá-lo à Deus? Depois do Senhor haver testado a fé de Abraão em diversas áreas da sua vida, ele o coloca na "prova máxima de fidelidade", o que faz com que as outras provas tenham parecido uma brincadeirinha de jardim de infância.

Logo no início do capítulo, é importante deixar bem claro que Senhor nunca teve a intenção de permitir tal sacrifício. Anos depois quando o povo de Israel comete a atrocidade de sacrificar crianças em rituais pagãos (Jeremias 19.5), o Senhor diz: "... e edificaram os altos de Baal, para queimarem os seus filhos no fogo em holocaustos a Baal, o que nunca lhes ordenei, nem falei, nem me passou pela mente." Deus inclusive já preparava um sacrifício perto do local (Montanha de Moriá) onde havia mostrado à Abraão.


Logicamente Abraão não sabia de nada disso, preparou-se de madrugada e partiu tomando o seu filho e dois servos. O que mais me chama a atenção nessa história é o versículo 4, que nos mostra que tal jornada levou três dias! Três dias de desespero, de tristeza profunda, de orações e súplicas!

Porém, particularmente eu creio que o Senhor capacitou Abraão com uma fé sobrenatural para que ele pudesse seguir viagem; crendo que de alguma forma o Senhor resolveria as coisas.
Pelo relato bíblico, podemos entender que Abraão não hesitou quando o Senhor lhe falou.

Abraão confiava em Deus de tamanha forma (lembra-se que ele foi chamado de "o pai da fé"?) e apegava-se à promessa feita de que os seus descendentes viriam por meio de Isaque, mesmo não sabendo como o Senhor faria isso se Isaque estivesse morto...

No versículo 12 vem o bálsamo, com certeza vem o maior alívio que Abraão sentiu em toda sua vida. Ele havia vencido a prova!

Será que é possível ter essa fé de Abraão? Assim como ele creu que o Senhor proveria (versículo 8) mesmo sem saber como, esse é o tipo de fé que nos dá a certeza e a coragem de sempre agir de forma correta. Não precisamos saber exatamente como Deus vai dar um jeito, basta saber que se obedecermos, ELE PROVERÁ!

Agora o mais belo, comovente e profundo paralelo dessa narrativa bíblica: Deus poupou o filho querido de Abraão, mas não deixou de entregar o seu próprio filho! Você sabia que a montanha de Moriá futuramente abrigaria Jerusalém, o lugar onde Deus nos daria o seu único Filho como um sacrifício perfeito e definitivo?

Leia este trecho aqui

Um comentário:

Anônimo disse...

Uau! Essa realmente é uma passagem incrível! O maior exemplo de fé que eu já vi em toda a bíblia!!! Eu almejo uma fé assim como a de Abraão! Ô homem de Deus!!! \o/ *emocionada*