domingo, 29 de abril de 2007

O encontro divino de Isaque e Rebeca (Gn. 24)

Chegamos enfim ao mais longo capítulo do livro de Gênesis, uma história rica em detalhes e relatada duas vezes. É uma história que não contém nem profecias de Deus nem milagres divinos, porém, podemos ver a mão do Senhor em cada detalhe durante o desenrolar da história que culminou com a união entre Isaque e Rebeca.

Sendo Abraão já idoso e não podendo escolher uma esposa para o seu filho, ele chama o seu servo mais antigo (possivelmente Eliézer) para encarregá-lo de tal missão. Logo de início vemos que Abraão pede ao seu servo que faça um juramento "colocando a sua mão debaixo da coxa". Esse era um ritual de pacto no costume antigo. A intimidade que tal prática exige faz-nos supor o alto nível de confiança que se busca no juramento. Era assim que se fazia um juramento solene e que não podia ser quebrado de jeito nenhum. Tal situação irá ocorrer novamente com Jacó (em Gênesis 47.29).

Após ouvir as instruções de Abraão, o seu servo segue viagem confiando que o Senhor o guiaria.

Ao chegar em Naor, ele pede então um sinal para que o Senhor mostre quem deveria ser a pessoa escolhida. Vemos aqui que até mesmo o servo mostra que já conhecia o Senhor de Abraão e ora à Ele para se tornar um instrumento para que a promessa se concretizasse. Ele pede à Deus um sinal: será que este exemplo bíblico é o ensino de um método infalível para conhecemos a vontade do Senhor? Não. Deus nos promete a sua orientação e presença, porém não necessariamente sinais externos. Muito da vontade de Deus se descobre na luta entre a fé e a incerteza! Graças ao Seu amor, hoje temos a Palavra vinda diretamente dEle para nos guiar!

Então, eis que Rebeca surge no cenário. Prestativa, ela cumpre exatamente o pedido que o servo havia feito à Deus. Sabe quanta água bebem dez camelos? MUITA! O servo havia pedido apenas um pouco de água para si e a oferta de Rebeca foi um belo gesto de hospitalidade! Além disso, Rebeca também "passa no segundo teste", pois fazia parte da parentela de Abraão. Deus realmente demonstra todo o Seu cuidado e amor divino!

Pode nos parecer um tanto estranho a maneira como o casamento foi "arranjado" entre o irmão de Rebeca e o servo de Abraão porém, além de este ser um costume da época, vemos que o encontro entre Isaque e Rebeca foi divinamente planejado. No momento em que Rebeca concorda em partir com aquele homem, ela estava concordando com uma mudança radical em sua vida, deixando para trás tudo aquilo que ela conhecia até o momento rumo ao desconhecido.

Ao ver Isaque, Rebeca cobre-se com um véu - um antigo costume que simbolizava talvez a modéstia da noiva e sua dependência em relação ao noivo. Isaque a vê e torna Rebeca sua mulher. Aos 40 anos, Isaque se casa; três anos após a morte de sua mãe.

Essa história nos mostra o quão importante é incluir Deus em nossa vida sentimental, pois casamento é a segunda maior decisão que uma pessoa pode tomar em sua vida (sendo a primeira, optar por ser um seguidor de Cristo)

Você, solteiro... tem deixado nas mão de Deus a escolha do seu futuro parceiro/a? Se você se sente sozinho, triste e desamparado, saiba que este é um momento de buscar o amor verdadeiro, incondicional no Senhor. ELE JAMAIS te deixará! Quando você encontrar tal amor, saberá que nada pode ser maior e nem poderá ocupar seu espaço! NADA!

Você, casado... tem colocado o seu casamento diante do Senhor? Você tem seguido as instruções divinas para com seu esposo/a? Quando foi a última vez que você disse EU TE AMO para o Adão ou para a Eva que Deus te deu? Essa é um boa oportunidade! Por que não fazer isso agora mesmo? Grandes coisas podem mudar na sua vida com a simples pronúncia genuína dessa palavras maravilhosas!

Leia este trecho aqui

sábado, 28 de abril de 2007

Para a pátria superior (Gn. 23)

Neste capítulo vemos o término de uma bela história entre Abraão - o "pai de muitos" - e Sara - a "princesa".

Abraão voltou para a terra de Canaã e viveu em Quiriate-Arba - também chamada de Hebrom.

Após trinta e sete anos passados de ver o cumprimento da promessa do Senhor ao ter um filho vindo de seu ventre, Sara é recolhida para o Senhor. Apesar de seus erros, Sara foi mencionada entre aqueles em que a fé almejava habitar eternamente em uma pátria superior, conforme lemos em Hebreus 11.13 "Todos estes morreram na fé, sem ter obtido as promessas; vendo-as, porém de longe..."

A Bíblia nos fala que após chorar pela morte de sua esposa, Abraão procura comprar um local para sepultar o corpo de Sara.

Tais cortesias como vemos do versículo 6 em diante eram práticas comerciais comuns no Oriente Médio antigo. Por ser estrangeiro, Abraão pede autorização para enterrar Sara naquela terra. Ele então pede para que intercedam junto à Efrom, para que este lhe vendesse a sua caverna de Macpela (futuramente veremos que Abraão, Isaque, Rebeca, Lia e Jacó também serão sepultados neste mesmo lugar).

Vemos então que Efrom tem uma atitude um tanto generosa quando lhe oferece o terreno como um presente, porém talvez ele mesmo já soubesse que Abraão não aceitaria tal proposta pois era um homem de muitas posses.

Por outro lado, Abraão faz questão de comprar tal terreno, mesmo quando podia aproveitar-se da situação no momento e ganhá-lo. Neste momento, se o caráter de Abraão ainda tivesse falhas, ele poderia inclusive conseguir mais do que precisasse, pois era um homem muito respeitado naquele lugar.

Tal episódio mostra que as situações pelas quais Abraão passou durante sua vida haviam feito ajustes no seu próprio caráter e tais falhas foram sendo corrigidas com o tempo...

Vemos isso claramente quando Abraão fez questão de comprar o terreno para enterrar sua esposa, muito embora quatrocentas barras de prata era considerado um preço muito alto para um terreno daqueles. Ele porém aceitou pois era muito importante para ele ter um lugar de sepultamento na Terra Prometida. Este aliás, foi o único terreno que Abraão possuiu na terra de Canaã, a terra que Deus prometeu aos seu descendentes (Capítulo 15. 18-21).

Caro irmão, lembre-se que HOJE, em Cristo temos esperança de vida após a morte! Jesus é a "ressurreição e a vida" e Ele nos conforta dizendo "... vós porém me vereis; porque eu vivo, vós também vivereis." (João 14.19). Jesus é a nossa única e maior esperança de vida após a morte! Quando Ele voltar, teremos a imortalidade...! Você já descobriu em sua vida a realidade dessa grande esperança que pode nos ajudar a enfrentar os momentos mais difíceis?

Leia este trecho aqui

sexta-feira, 27 de abril de 2007

O sacrifício de amor (Gn. 22)

Responda rápido: Qual episódio da vida de Abraão mais lhe chama a atenção?

Creio que mais da metade das pessoas que respondem a essa pergunta dirão o que lemos no capítulo 22 de hoje: a prova de amor de Abraão ào Senhor.

Mais uma vez, Deus coloca a fé de Abraão à prova. Apesar de Deus ter feito a promessa de uma grandiosa nação mediante Isaque, esse propósito parecia estar cheio de percalços.

E afinal, o que Deus quer? Fé, diz a Bíblia. Confiança sem limites, sem reservas, apesar das circunstâncias.

Mas Deus não poderia pedir algo mais fácil? Afinal, depois de anos e anos aguardando a tão sonhada chegada do filho prometido, ele simplesmente deveria entregá-lo à Deus? Depois do Senhor haver testado a fé de Abraão em diversas áreas da sua vida, ele o coloca na "prova máxima de fidelidade", o que faz com que as outras provas tenham parecido uma brincadeirinha de jardim de infância.

Logo no início do capítulo, é importante deixar bem claro que Senhor nunca teve a intenção de permitir tal sacrifício. Anos depois quando o povo de Israel comete a atrocidade de sacrificar crianças em rituais pagãos (Jeremias 19.5), o Senhor diz: "... e edificaram os altos de Baal, para queimarem os seus filhos no fogo em holocaustos a Baal, o que nunca lhes ordenei, nem falei, nem me passou pela mente." Deus inclusive já preparava um sacrifício perto do local (Montanha de Moriá) onde havia mostrado à Abraão.


Logicamente Abraão não sabia de nada disso, preparou-se de madrugada e partiu tomando o seu filho e dois servos. O que mais me chama a atenção nessa história é o versículo 4, que nos mostra que tal jornada levou três dias! Três dias de desespero, de tristeza profunda, de orações e súplicas!

Porém, particularmente eu creio que o Senhor capacitou Abraão com uma fé sobrenatural para que ele pudesse seguir viagem; crendo que de alguma forma o Senhor resolveria as coisas.
Pelo relato bíblico, podemos entender que Abraão não hesitou quando o Senhor lhe falou.

Abraão confiava em Deus de tamanha forma (lembra-se que ele foi chamado de "o pai da fé"?) e apegava-se à promessa feita de que os seus descendentes viriam por meio de Isaque, mesmo não sabendo como o Senhor faria isso se Isaque estivesse morto...

No versículo 12 vem o bálsamo, com certeza vem o maior alívio que Abraão sentiu em toda sua vida. Ele havia vencido a prova!

Será que é possível ter essa fé de Abraão? Assim como ele creu que o Senhor proveria (versículo 8) mesmo sem saber como, esse é o tipo de fé que nos dá a certeza e a coragem de sempre agir de forma correta. Não precisamos saber exatamente como Deus vai dar um jeito, basta saber que se obedecermos, ELE PROVERÁ!

Agora o mais belo, comovente e profundo paralelo dessa narrativa bíblica: Deus poupou o filho querido de Abraão, mas não deixou de entregar o seu próprio filho! Você sabia que a montanha de Moriá futuramente abrigaria Jerusalém, o lugar onde Deus nos daria o seu único Filho como um sacrifício perfeito e definitivo?

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quinta-feira, 26 de abril de 2007

Enfim, o cumprimento da promessa! (Gn. 21)

Conforme havia prometido nos capítulos 17 e 18, o Senhor Deus enfim cumpre a tão esperada promessa de dar à Sara e Abraão o tão sonhado filho! Depois de uma longa espera, Abraão pôde contemplar e regozijar-se com o cumprimento da benção que o Senhor havia lhe prometido! O que Deus promete, Ele cumpre (no Seu tempo!)

Ao contrário do que aconteceu com Ismael - nascido de modo natural, subproduto da impaciência de Abraão e do esforço humano - Isaque veio ao mundo de forma miraculosa quando seu pai já tinha 100 anos e sua mãe 90 anos de idade (imagine só!). Quando para Abraão parecia tarde demais, o Senhor cumpre a promessa! Ele aguarda que todos os recursos humanos se acabem para que a glória seja única e exclusivamente dEle!


Por meio do filho prometido, o Senhor cumprirá a promessa de fazer de Abraão uma grande e poderosa nação!

Em hebraico, Isaque quer dizer "ele riu", fazendo referência tanto à atitude de Sara e Abraão ao saber que o Senhor lhes daria um filho na velhice, quanto à alegria sem tamanho que ambos sentiram ao ver que o Senhor fez cumprir a sua promessa!

Como resultado das provocações de Ismael contra Isaque, Abraão é obrigado a tomar uma atitude radical - que para nós pode parecer um tanto estranha, porém trata-se de uma consequência da atitude impensada de Abraão no passado. Mesmo que tal nascimento não tenha sido divinamente aprovado na época, Deus mostra Sua misericórdia e lealdade com Agar e Ismael.

Certamente aquele não foi um momento muito feliz... O Senhor vê o sofrimento e preocupação de Abraão como pai (versículo 11), porém o Seu plano sempre foi para Isaque - o fruto da promessa - e mesmo que Abraão tivesse "tropeçado" no caminho, tal plano e promessa deveria se cumprir! Deus porém, jamais desampararia nem Agar nem Ismael, pois ele também era seu descendente.

Logo após a partida dos dois, vemos o Senhor se manifestando e suprindo as necessidades de ambos. Deus também faz a promessa à Agar de que faria de Ismael uma grande nação. E será que Ele fez mesmo? Leia depois aqui o artigo: Por que os judeus e os árabes se odeiam?

Após este trecho, somos levados à uma situação ocorrendo a 40 quilômetros de distância da narrativa anterior: Um encontro entre Abraão e Abimeleque. Desta vez, porém, Abraão tem um nova atitude: ao invés de ocultar e omitir fatos (mostrando a sua falta de fé), ele age como um servo do Deus Altíssimo: com clareza, fé e franqueza. Antigamente, a dádiva de animais era equivalente à uma assinatura em um contrato. Era como um sinal, uma prova de que haviam feito um contrato. Como não haviam cartórios naquela época - obvio! :-) - este era um meio de garantir os acordos.

Mas quem sabe hoje você não está passando por uma situação parecida com a de Agar? Talvez por algum motivo você teve que deixar sua família, amigos, casa em busca de algo; e hoje você se sente triste, humilhado, rejeitado...
Quem sabe em algum momento você cometeu um erro e hoje as pessoas estão te julgando e condenando por isso, dizendo que você não tem perdão - mesmo que você já tenha reconhecido o erro e se arrependido do passado...?
Quem sabe então você está passando por um deserto sem fim, e você olhe para o lado e se sente sozinha, sem ninguém para lhe ajudar... está tão desanimado que sente que não tem mais forças para lutar...?

"DEUS É O MEU AMPARO, MINHA FORTALEZA, MEU CONSOLO FORTE NA TRIBULAÇÃO"

Confie no Senhor! Agar também passou por um deserto terrível, onde tudo o que sentia era angústia e tudo o que ela via eram montes de areia... Deus porém ouviu o seu clamor e trouxe o seu auxílio no momento certo, cumprindo a promessa que havia feito à ela! Aos olhos do Deus, você é aquele filho mais desejado e planejado como uma obra-prima! Sabendo disso, que sentimentos isso lhe traz para com Deus?


Leia este trecho aqui

terça-feira, 24 de abril de 2007

Fé versus a Incredulidade (Gn. 20)

O acontecimento deste capítulo parece uma repetição do que já havia acontecido antes no capítulo 12. É surpreendente o fato de vermos Abraão cometendo novamente a mesma atitude, mesmo após a aliança firmada entre ele e Deus, a mudança significativa de nome e até mesmo após a visita do próprio Deus na sua tenda.

A primeira pergunta que faço ao ler este capítulo é: Por que um rei escolheria Sara - uma mulher de idade avançada - para ser sua esposa?

Primeiramente, o fato de um rei possuir várias esposas e concubinas antigamente era visto como uma demonstração de poder e riqueza. Porém um "casamento" também era uma forma de se fazer negócios e firmar tratados entre duas partes. Talvez neste caso, Abimeleque tivesse a intenção de firmar algum acordo e fazer alguma cortesia com Abraão ao tomar a sua suposta "irmã" idosa como esposa.

O que vemos a seguir é que mais uma vez, um homem não-judeu se mostrou mais honesto do que Abraão. O rei argumenta com Deus em sonho que fez tal ato por inocência e omissão tanto de Abraão quanto de Sara. Vemos então que o Senhor reconhece a sinceridade de Abimeleque.

Este então recebe a instrução de pedir à Abraão que interceda em favor dele. Aliás, esta é a primeira vez que a Bíblia menciona a palavra "profeta". Talvez tal termo quisesse deixar claro nesta passagem que o nível de relacionamento entre Abraão e o Senhor era tão íntimo que permitia Abraão interceder em favor das pessoas - a exemplo do que ele já havia feito pelos habitantes de Sodoma e Gomorra.

Mesmo com toda a covardia e falta de confiança na proteção divina, ele ora à Deus em favor do rei e o Senhor nos mostra que o Seu amor é incondicional e independe da bondade ou do mérito das pessoas.

Tenha fé!!
Em suma, vemos que tal mentira foi gerada porque Abraão teve medo do que os homens incrédulos pudessem fazer contra ele e por essa mentira, ele se complicou ainda mais. Ele estava com medo dos estrangeiros porque eles não conheciam à Deus, mas esqueceu-se que DEUS os conhecia!

Independente de onde estivermos, DEUS também se faz presente! Onde você se encontra hoje? Saiba que aí, onde você está... Deus está sempre contigo! Você já falou com Ele hoje?

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segunda-feira, 23 de abril de 2007

A destruição de uma cidade já destruída (Gn. 19)

Neste capítulo nós lemos muita coisa no mínimo "estranha" para nossa cultura de hoje em dia... Vamos tentar desvendá-las com a ajuda de Bíblias de Estudo e Enciclopédias Bíblicas para nos colocarmos um pouquinho dentro da época e situação que as coisas aconteceram.

Logo no início, Ló é encontrado pelos anjos do Senhor na entrada da cidade - local onde os moradores das cidades se reuniam para tratar de negócios e resolver seus problemas. Naquela época, não haviam hospedarias na maioria das cidades e quando algum visitante necessitava de abrigo, ia até a praça pública da cidade. Como vimos no capítulo anterior, a antiga lei de hospitalidade era considerada uma prova de caráter das mais elevadas.

A exemplo do que Abraão havia feito, Ló recebe os visitantes e oferece estadia em sua casa. Ao ouvir a negação dos visitantes, ele insiste com mais ênfase a ponto de coagi-los; talvez por conhecer muito bem a índole dos sodomitas.

Logo chegando, como todo bom anfitrião, ele oferece um banquete aos seus convidados. Nota-se que ele serve pães asmos - alimento de fácil e rápida preparação. Isso talvez nos demonstre a ansiedade e preocupação de Ló, desejando que seus hóspedes não permanecessem por muito tempo na cidade.

Antes mesmo que se deitassem, os homens daquela cidade cercam a casa de Ló com a intenção de ter relações com os "estrangeiros". Vemos aqui que os sodomitas eram pessoas obcecadas por sexo, e é provável que a natureza inveterada dessa perversão sexual tenha avançado a ponto de atingir as proporções descritas nessa passagem. E mais: A violência sexual é apenas um dos problemas de Sodoma. Em Ezequiel 16.49 lemos (versão NTLH) "Sodoma e as suas filhas eram arrogantes e orgulhosas porque tinha muita comida e viviam no conforto, sem fazer nada; porém não cuidaram dos pobres e necessitados."


Lemos então, uma das passagens mais chocantes para nós: Apesar de Ló se opôr à maldade de Sodoma contra seus visitantes, ele exagera em sua hospitalidade e oferece as próprias filhas em troca da proteção de seus hóspedes. Naquela época e cultura, as esposas e filhas eram vistas como uma propriedade. Somado ao fato de que ele possivelmente estava totalmente influenciado por aquela sociedade degenerada, seus valores estavam completamente distorcidos. É evidente que Ló e sua família haviam sido contaminados desde que chegaram à cidade!

Também existe a possibilidade de Ló ter oferecido suas filhas por saber que os homens não aceitariam tal proposta - porém o texto não nos esclarece isso. O fato é que, não satisfeitos com a proposta, eles atacam Ló e tentam arrombar a porta da casa. Inicialmente os anjos salvam Ló do perigo trazendo-o para dentro de casa, e depois em uma manifestação divina, Deus cega os opressores (possivelmente gera um estado de ofuscação por uma claridade muito intensa).


Somente após tal acontecimento, os anjos informam à Ló qual sua missão ali na cidade. A incredulidade daquele povo era tamanha, que nem mesmo os genros de Ló creram no que ele disse e achavam que ele estava brincando. Ló foi salvo porque, ao contrário de seus genros, ele sabia que a palavra do Senhor não podia ser colocada em dúvida.

Enfim, Deus cumpre sua palavra e elimina da face da terra dois centros de perversidade. Como é típico de um relato bíblico, não temos explicações científicas da maneira como a cidade foi destruída. Há evidências arqueológicas de que Sodoma e Gomorra foram soterradas sob as águas do sul do Mar Morto e haviam também depósitos de betume e enxofre na região.
Seria através de uma erupção vulcânica? A Bíblia não diz. Sabemos porém que a mulher de Ló - por não haver cumprido a ordem do Senhor, transformou-se em uma estátua de sal - possivelmente coberta pelo enxofre e betume ou por soterramento.

Por fim, mais um escândalo: Uma das mais perversas investidas sexuais.
Naquele tempo, as mulheres somente eram reconhecidas pela sociedade se tivessem filhos. Ficar sem filhos era uma grande vergonha e humilhação. Ao que tudo indica, as filhas de Ló haviam sido totalmente influenciadas pela cultura sodomita e não tinham problema algum de consciência. Como tudo o que sempre haviam conhecido estava completamente destruído e elas estavam sem expectativas para o futuro, elas embebedam o pai e deitam-se com ele para preservar o nome da família e garantir o seu sustento na velhice.

Que capítulo! Nele vemos que Deus nem sempre age de modo tão radical e espetacular, mas vemos nesta narrativa um alerta de que a tolerância do Senhor para o mal também tem um limite...

E hoje em dia? Será que também existem práticas que Deus considera intoleráveis em nossa sociedade? E em nossa vida?

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domingo, 22 de abril de 2007

Nas mãos do Senhor Deus! (Gn. 18)

A primeira parte desse capítulo é quando Deus repete a promessa que havia feito à Abraão de lhe dar um filho e dessa vez quem duvida e ri é Sara.

Na primeira história, podemos ver que a intimidade do relacionamento entre Deus e Abraão era tão grande, que o Senhor veio pessoalmente visitá-lo em sua casa.
Mas por que será que Abraão foi tão hospitaleiro com supostos desconhecidos? Naquela época, a hospitalidade era uma das virtudes mais apreciadas; então com este gesto de hospitalidade, Abraão demonstrava a sua generosidade, porém também seguia um costume da época. Isso me faz pensar se eu também tenho exercido esta virtude ou se tenho me esquivado de receber pessoas em minha casa...!

Quando Sara escuta a conversa de que no próximo ano ela já estaria grávida, ela ri, acha graça. Como uma mulher de noventa anos pode ainda esperar um filho? Mais uma vez aprendemos que o impossível do homem é perfeitamente possível para Deus. Quando as coisas estão difíceis, tendemos a achar que também são difíceis para Deus; porém será que para o Senhor alguma coisa é impossível?

Na sua vida hoje, você tem muitas "missões impossíveis"? Pra você é impossível abrir um mar? Para você é impossível engravidar aos noventa anos? Para você é impossível fazer o sol parar? Pois então, peça para Deus assumir as suas dificuldades, pois para Ele, todas essas coisas são "missões possíveis"!

Na segunda parte desse capítulo, vemos a justiça e a compaixão de Deus por uma cidade totalmente perdida.

Por considerar Abraão seu amigo, o Senhor compartilhou os Seus planos e preocupações sobre a cidade de Sodoma e Gomorra.

No versículo 21 vemos Deus dizendo que precisava ir até a cidade para verificar se tais acusações eram verdadeiras ou não. Mas um Deus onisciente precisaria disso? Segundo a Bíblia Vida, essa era uma tentativa de explicar os caminhos de Deus por uma perspectiva humana e talvez o encontro pudesse ter sido planejado por causa de Abraão para que ele pudesse interceder por seu sobrinho Ló.

E é o que ele faz: com sincera humildade e reverência, ele vai além de preocupar-se com sua família e ora e intercede pelos justos da cidade.

E então? Será que existe alguém precisando de suas orações hoje?

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sábado, 21 de abril de 2007

Uma linhagem real incluindo o Rei dos Reis Jesus Cristo! (Gn. 17)

No capítulo 15 nos versículos 18 a 21, lemos que o Senhor Deus Todo Poderoso (El-Shaddai) já havia feito uma aliança com Abrão. Agora, Deus repete essa aliança e dá a circuncisão* como sinal para mostrar que a aliança será para sempre.

Logo no início deste capítulo, o Senhor pede à Abrão que creia, confie, ande na Sua presença e seja perfeito. Como um sinal, todos os escolhidos e suas futuras gerações deveriam ser selados através da circuncisão*, um por um.

Deus então começa a mostrar à Abrão qual seria a Sua parte nesta aliança: ele o faria pai de muitas nações e que até mesmo reis sairiam de sua linhagem! Sabe quem foi o maior rei que veio desta descendência? Isso mesmo, o REI JESUS CRISTO!!

Além disso, o Senhor muda o nome de Abrão (que significava pai exaltado) para Abraão (pai de muitos). Na antiga cultura hebraica, um nome tinha uma grande importância e distinguia o status de alguém. Muitas vezes o nome mudava dependendo das circunstâncias que a pessoa vivia no momento. Neste caso, a mudança de nome para "Abraão" renovou e fortaleceu a promessa de Deus!

Tal promessa também se estendeu a sua esposa, Sarai, que teve o nome mudado para Sara (que significa "Princesa"). Tal mudança significa um grande marco, pois de uma mulher de 90 anos nasceria um filho. Ao ouvir isso, Abraão riu - talvez demonstrando uma certa incredulidade.

Se o "pai da fé" se deu ao "luxo" de duvidar do Senhor, você também não tem feito algo semelhante? Porém acaso há alguma coisa impossível para Deus?

Leia este trecho aqui

Leia também: Por que Deus ordenou a circuncisão?

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*Circuncisão: Cerimônia religiosa em que é cortada a pele, chamada prepúcio, que cobre a ponta do órgão sexual masculino. Os meninos israelitas eram circuncidados no oitavo dia após o seu nascimento, como sinal da aliança que Deus fez com o povo de Israel. A circuncisão também era praticada por outros povos antigos como rito de passagem para a adolescência ou para o matrimônio. Em algumas passagens a circuncisão quer dizer uma nova natureza, que é livre do poder da natureza pecadora e é obediente à Deus (Romanos 2.29; Filipenses 3.3; Colossenses 2.11)
Fonte: Bíblia de Estudo NTLH

sexta-feira, 20 de abril de 2007

Dando uma "mãozinha" para Deus (Gn. 16)

Com a promessa de Deus feita à Abrão na passagem anterior, imaginem só a empolgação dele em ver logo o seu sonho realizado? Porém Sarai - sua esposa - não podia ter filhos, o que parecia impossível o cumprimento da promessa que Deus tinha feito. E agora?

Segundo os costumes da época, o principal objetivo do matrimônio era a geração de filhos. Caso a esposa fosse estéril (o que era visto como um "castigo" de Deus), ela teria que dar ao seu marido uma das suas servas para que o nome da família tivesse continuidade. Então, Sarai teve a "brilhante" idéia de cumprir o seu dever seguindo os costumes da época (com o consentimento de Abrão!).

Quando o filho prometido demora a vir, eles decidem dar uma "mãozinha" para Deus e resolver o problema por conta própria.

Porém os problemas resultantes dessa decisão não demoram a acontecer... Agar percebe que estava fazendo por seu senhor o que a esposa não podia fazer e sentiu-se superior a Sarai - gerando um grande desprezo entre ambas. Neste momento o casamento de Abrão e Sarai oscila entre sentimentos de culpa e ciúmes...

Quanta coisa mais pode acontecer quando decidimos agir por conta própria?

Sarai então, humilha tanto Agar que esta resolve fugir para o deserto. Lá um anjo representante de Deus lhe faz uma pergunta um tanto desconcertante: "De onde você vem e para onde está indo?". O anjo então lhe pede para voltar e lhe faz uma promessa muito semelhante à feita à Abrão. Mas você pode se perguntar: jumento selvagem? Isso lá é elogio? A qualidade "selvagem", no sentido de ser forte e livre, era característica muito admirada naquela cultura. Como um jumento selvagem no deserto, Ismael (que em hebraico, significa "Deus escuta") estaria constantemente correndo, repelindo todos que procurassem aproximar-se... Eu também conheço alguns jumentos por aí... :-)
No fim do capítulo, nasce o bebê!

Essa história nos mostra que mesmo que Deus se mostre ausente ou silencioso com relação à alguma promessa feita para você, Ele ainda assim está nos ouvindo e vendo! Hoje Ele te lembra que você pode confiar na Sua palavra e esperar que a promessa se cumpra!

Ele conhece todos os nossos problemas, ouve os nossos clamores e sabe da nossa dificuldade de espera. Mesmo assim, Ele nos pede que esperemos com paciência, porque fará cumprir o que prometeu!

O que você está esperando hoje? Como você tem se saído nessa espera?

Leia este trecho aqui

quarta-feira, 18 de abril de 2007

Você é capaz de contar as estrelas? (Gn. 15)

Para os judeus, ele foi considerado o pai da nação.
Para os cristãos, ele é o pai da fé - um exemplo tão grande de intimidade com o Senhor que até mesmo o próprio Deus foi chamado e conhecido por muitos anos como "o Deus de Abraão".

Neste capítulo, Deus renova a aliança com Abrão e promete muitos descendentes. Logo no primeiro versículo, Deus dá uma palavra de ânimo e consolação para ele, que provavelmente estava bastante deprimido: A Bíblia NTLH nos dá a versão: "Abrão, não tenha medo. Eu o protegerei de todo perigo e lhe darei uma grande recompensa!" (Gn. 15.1) Isso se aplica à você também? Deus está sempre ao seu lado te protegendo, não se esqueça!

Deus então promete à um Abrão desesperançoso o filho tão sonhado. E por mais inacreditável que pareça esta promessa, ele crê sem reservas e dessa forma se torna "pai espiritual" de todos aqueles que crêem nas promessas de Deus. Deus seria pai de uma grande nação!

Enfim, Deus manda um fogareiro fumegante e uma tocha consumindo o sacrifício. Na Bíblia, o fogo é um símbolo constante da presença de Deus e neste momento é como se fosse a assinatura de Deus no pacto, na promessa feita à Abrão.


Uma grande nação. Vários séculos irão passar até que essa promessa seja enfim cumprida, mas nos dias de Davi e Salomão, os hebreus enfim ganham identidade nacional.

Você também é escolhido e amado por Deus. Ele também tem várias promessas para sua vida - e a maior delas é a vida eterna, a salvação ao Seu lado! Você tem sido grato o bastante à Ele por isso?

Leia este trecho aqui

Leia também: O que há de extraordinário na fé de Abrão?

Semelhante à Cristo (Gn. 14)

Neste capítulo bíblico, vemos 3 situações diferentes, e uma delas narra o encontro entre Abrão e Melquisedeque - homem citado no Novo Testamento como "semelhante à Cristo" (Hebreus 7)

Logo no início, este capítulo nos mostra a batalha dos quatro reis contra outros cinco. A Bíblia nos narra tal conflito de forma bem detalhada - como em um relato histórico.
Os despojos de Sodoma e Gomorra foram levados, e seus moradores foram levados cativos - assim como Ló e sua família, que ali morava.

Assim que Abrão ficou sabendo de tal ato, ele uniu um exército de 318 homens para pelejar em favor da libertação de seu sobrinho. Não consigo deixar de cogitar a idéia de um exército celestial pelejando junto com Abrão, assim como futuramente leremos na história de Gideão.

Após a vitória da peleja, Abrão encontra-se com o "Sacerdote do Altíssimo" - Melquisedeque, Rei de Salém - uma das figuras mais misteriosas da Bíblia. Sabemos muito pouco ao seu respeito, mas o autor do livro de Hebreus o utilizou como parábola de Cristo. Talvez ilustre que, mesmo em um mundo pagão, Deus pode falar a corações sinceros. Seu nome significa "rei de justiça".

Após a benção de Melquisedeque sobre Abrão, temos a primeira menção de dízimo na Bíblia. Foi uma forma de Abrão demonstrar todo o seu agradecimento à Deus por sua vitória e pelo livramento de seu sobrinho Ló. Como um gesto de gratidão, ele se sente compelido à dar o dízimo dos espojos aos representante do Deus Altíssimo.

Após ser abençoado por Melquisedeque, é a vez do rei de Sodoma. Ele lhe oferece bens em troca das pessoas cativas. Abrão - demonstrando uma atitude de quem vive e anda pela fé no Senhor - recusa receber qualquer coisa para si. Com esta atitude, Abrão verdadeiramente nos mostrou o que é ter uma fé viva no Senhor Deus!

Oro: Deus, quando lemos sobre as situações vividas pelos patriarcas e a maneira como eles reagiram, vemos que também podemos proceder de tal modo e agradar o teu coração. Não é um caminho fácil, é estreito. Muitos deixam-se seduzir-se pelas riquezas do mundo e esquecem do tesouro dos céus! Que meu coração esteja sempre inclinado ao teu reino e ao Senhor! Prefiro perder o mundo e ganhar a vida eterna!

Leia este trecho aqui

domingo, 15 de abril de 2007

A separação familiar (Gn. 13)

Neste capítulo, a história continua nos narrando a jornada de Abraão em cumprimento ao chamado de Deus.

Ambos possuíam muito gado, de forma que era impossível conviverem entre si para poder alimentar os animais. Então, após constantes contendas entre os funcionários de Abrão e Ló, é hora de tomar uma importante decisão: separar-se.

Seguindo os costumes da época, Abrão, sendo mais velho que Ló, tinha o direito de escolher primeiro onde preferiria morar. Porém Abrão age de outra maneira: talvez a sua humilhante experiência no Egito (que comentamos no capítulo anterior) tenha ajudado Abrão à confiar no propósito que Deus tinha de cuidar dele.

Sendo generoso e demonstrando a sua confiança em Deus, Abrão dá o direito de escolha ao seu sobrinho Ló. Como faria qualquer criança ao escolher a maior parte de um bolo, Ló pega para si as terras que lhe pareciam mais atraentes no momento - as melhores terras para os rebanhos. Mais tarde a sua escolha se mostrará muito perigosa para ele e sua família. Não podemos mensurar a amplitude do pecado de Sodoma, porém sabemos que era algo fora do comum. Veremos mais detalhadamente sobre esta cidade uns capítulos mais adiante.

Contudo Abrão, confiando na promessa que Deus lhe fizera de que toda aquela terra (inclusive a escolhida por Ló) lhe seria dada por herança, parte para o outro lado. Assim vemos que ele aprendeu que ele não é o responsável para o cumprimento da promessa de Deus. O Senhor não precisa de uma "forcinha" ou um "empurrãozinho" para fazer cumprir a Sua vontade.

Apesar das aparências mostrarem o contrário, Abrão fez a melhor escolha que podia. Logo após a saída de Ló, Deus renovou a promessa de lhe dar toda aquela terra como herança!

E quais são as suas próprias necessidades de hoje? Será que você também consegue entregá-las a Deus e confiar que Ele cuidará de tudo?

Oro: Senhor Deus meu... Te peço que nos momentos em que tudo estiver ocorrendo de forma diferente da minha vontade, eu possa dirigir meus olhos a Ti na certeza de que o Senhor está por trás de todas as coisas e que tudo coopera para o bem daqueles que Te amam. Que meu coração saiba entregar, confiar e se acalmar nos Teus braços. Em nome de Jesus! Amém.

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sábado, 14 de abril de 2007

O chamado do escolhido (Gn. 12)


A partir deste capítulo, Gênesis deixa de narrar a história da humanidade de um contexto geral para focar-se em apenas uma família até o final do livro: Abraão e seus descendentes. Aqui começaremos a ver a história dos patriarcas de Israel.

Logo no primeiro versículo já vemos que Abrão - em plena meia idade e consideravelmente próspero financeiramente - recebe um chamado de Deus no qual ele deveria colocar em prática a sua fé e abandonar a sua vida de conforto na terra de seus pais rumo à um lugar desconhecido. Tudo isso para atender a vontade de Deus. O que você faria se hoje Deus te pedisse algo assim? Você teria esta coragem de largar tudo (TUDO) para tão somente realizar a obra de Deus? Não foi a toa que Abrão foi considerado o "Pai da Fé"!

Tão especial que foi Abraão que logo no início do Novo Testamento, vemos que da sua linhagem Deus enviou Jesus Cristo para realizar o seu plano de redenção da humanidade!

Com seu sobrinho Ló a tiracolo, Abrão inicia sua jornada.
Na terra de Siquém - local onde os cananeus idólatras construíam os seus altares de adoração aos deuses pagãos - Abrão levanta um novo altar; o único para o Deus verdadeiro! Ali Deus se apresenta à Abrão novamente e lhe faz a promessa de lhe dar toda aquela terra por herança!

Porém o "Pai da Fé" nos prova ser um mero ser-humano assim como nós; também tinha suas fraquezas. Ao invés de confiar somente em Deus, ele cria o seu próprio plano: Abre mão de sua esposa Sarai para salvar a própria pele.
Porém podemos ver que o Senhor Deus cumpre a Sua promessa, independente de qualquer fraqueza humana! Glórias à Deus!

Oro: Senhor, hoje só te peço uma coisa: que o eu possa ter a mesma disposição de Abrão em largar TUDO para cumprir a tua vontade e o propósito do Senhor para minha vida! Amém!

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sexta-feira, 13 de abril de 2007

A Torre que gerou tantos cursos de idiomas... (Gn. 11)

Logo no início do capítulo 11 lemos a harmonia que havia quando todos falavam uma só língua... imagine que ninguém nunca havia visto nenhuma propaganda sobre "Fale inglês em 30 dias" ou coisas afins... ..

Mas a situação estava prestes a mudar quando alguns homens decidiram criar uma alta torre. Um dos motivos seria tornar célebre o seu nome - deixar um marco na história! Desde aquele tempo os homens já buscavam a fama... (alguma semelhança com hoje em dia?)

Outro motivo foi o fato de não serem dispersos sobre a terra - talvez um medo gerado pelo dilúvio tivesse os encorajado à buscar uma forma de segurança. Interessante notar que justamente aquilo que as pessoas querem evitar é o que acontece com elas: elas são espalhadas pelo mundo inteiro (versículo 9)

O desejo de poder toma conta do ser humano e faz de Babel um referencial de um protesto da humanidade, querendo se tornar cada vez mais independente de Deus.

Talvez você também não tenha entendido bem ao certo o que Deus quis dizer quando fala: "Eles são um só povo e falam uma só língua, e começaram a construir isso. Em breve nada poderá impedir o que planejam fazer..." (versículos 5-6). Certamente isso era um grande problema não para Deus, que talvez pudesse se sentir "ameaçado", mas para os próprios seres humanos. Deus intervém (versículo 7) para proteger os seres humanos do resultado do orgulho deles. Deus presta um favor para a humanidade quando confunde a língua e espalha o povo pela terra. Dessa forma, separa-os e faz com que mais uma vez o povo reconheça o quanto precisa dele. Ele é um Deus que ama tanto a ponto de não permitir que as pessoas se desgarrem do seu amor para encontrar a própria destruição.

Sentiu algum paralelo com a sua vida? Já aconteceu de Deus revelar o quanto Ele ama você introduzindo alguma coisa em sua vida para mostrar que você precisa e depende dEle?

No finalzinho desse capítulo temos uma breve introdução sobre o patriarca Abraão - mas isso será assunto para amanhã! Até lá!

Oro: Deus querido, obrigada por estar sempre cuidando de mim; mesmo quando as circunstâncias parecem estar provando o contrário, sei que Tu estás no controle da minha vida! Que eu possa te louvar na alegria e na tristeza, sabendo que ali Tu estás!

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Leia também:
Existe alguma referência na antiga literatura mesopotâmica sobre o que ocorreu à Torre de Babel?

quinta-feira, 12 de abril de 2007

Um só família (Gn. 10)

O capítulo 10 de Gênesis fala basicamente sobre a geneologia de Noé - o povo remanescente que veio a povoar o mundo na Terra pós-diluviana.

Se assim como eu, você acredita que a Bíblia é a verdadeira palavra de Deus, você pode perceber que nós todos somos descendentes de uma só pessoa, de uma só família. Mesmo que muiiiito distante, eu e você temos um parentesco!

Porém muito além de um elo vindo de Noé, temos algo muito mais poderoso nos unindo: o elo de Jesus Cristo! Por Ele nós todos somos parte de uma grande família: OS FILHOS DE DEUS!

"Portanto, vocês já não são estrangeiros nem forasteiros, mas concidadãos dos santos e membros da família de Deus..." (Efésios 2.19)

Você não está só! Além de possuir o maior Pai do mundo, Aquele que deu a própria vida por você, existe ainda uma família de pessoas que te amam!
Ahhh... quem dera hoje em dia as igrejas agissem mais como era no princípio narrado em Atos, onde todos se doavam em favor dos irmãos! Quem dera todos olhassem ao seu próximo com os olhos de amor do Senhor, e não com olhos críticos, medindo as pessoas de cima à baixo (mas isso é outro assunto...)

Oro: Deus, que maravilha fizeste ao criar toda a humanidade de maneira tão criativa e divina! Te agradeço por fazer parte dessa imensa família que são teus filhos e filhas por este mundo afora! Que eu possa dedicar-em em amor à todos que me cercam, sem pré-conceitos, independente de qualquer coisa! Que eu faça a tua vontade, tão somente a tua vontade para que as pessoas possam ver o teu amor refletido em mim!

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terça-feira, 10 de abril de 2007

O Arco da Aliança! (Gn. 9)

Finalmente termina a tormenta! Após mais de um ano dentro da Arca, finalmente chegou o dia mais aguardado por Noé e sua família - o dia em que ele pôde sair para sua nova liberdade!

Algumas pessoas se referem à Noé como o segundo Adão, visto que da mesma forma que toda humanidade de hoje partiu de Adão, também partiu de Noé! Até as ordenanças dadas por Deus foram as mesmas : "Multipliquem-se e encham a Terra!"

Deus nos diz que o arco-íris passaria à ser uma prova de que o Senhor não mais submeteria a Terra à um dilúvio. Talvez o arco-íris já houvesse sido criado por Deus há muito tempo, no momento da criação do universo... porém Deus o usou neste momento para fazer com que o homem se lembrasse da Sua promessa divina feita à Noé! Alguma vez você já contemplou um arco-íris desta forma; como uma promessa de Deus para você?

O sinal da aliança de Deus com o homem vai muito além do que podemos imaginar!

Você talvez já passou por um período de tormenta na sua vida, não? Ou quem sabe está passando neste momento! Assim como nós, Noé também enfrentou um momento difícil que talvez durou muito mais do que ele gostaria... mas mesmo assim, ele viu que durante a tormenta que alastrava a Terra, Deus estava presente!

Durante este seu momento de turbulência, DEUS também está presente, viu? Ele está agora mesmo olhando por você, apenas esperando o momento certo de liberar você para sair da Arca e celebrar! Aguente firme! Deus está na tormenta mas também te mostrará o arco-íris!

Tem uma música muito linda da banda Big Dismal
chamada "Rainy Day" (Dia Chuvoso) que diz:

O Seu amor nos mantêm firmes
mesmo quando todas as esperanças se acabam,
eu acredito que o Seu amor chove sobre mim!

E a fé nos enche de ânimo e esperança
e nos leva para um lugar muito além deste mundo...!

Eu posso te ver nas nuvens, Senhor!
E também depois, no arco-íris
em um dia chuvoso...

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Após Deus ter feito esta aliança com Noé, passou-se um tempo...
A partir do versículo 20 a atenção passa para os filhos de Noé.
Em um ato que talvez tenha sido impensado por parte de Noé ao consumir a bebida da vinha em excesso, Noé passa por uma dura experiência!

Mas afinal, qual mal teria feito Cam? Segundo a Bíblia de Estudo Vida, o erro foi propagar a nudez do pai ao invés de cobri-la e pronto, talvez revelando assim o desrespeito geral pelo pai. Alguns acreditam que foi Noé (primeiramente embriagado e depois sentindo os efeitos dessa embriaguez), e não a Bíblia, quem diretamente acusou Cam de qualquer erro.

Passando o dilúvio, Noé ainda viveu mais 350 anos (!!), chegando à um todo de 950 anos! Já imaginou?

Oro: Senhor Deus e querido Pai; que durante o período de lutas, minha fé seja confirmada e produza perseverança! Sei que no mundo terei aflições, e que elas nada são se comparadas na eternidade ao teu lado! Que eu viva mediante a tua vontade e totalmente submetido ao teu tempo! Sem as lutas não saberíamos o tamanho da vitória que o Senhor nos dá! Sei que o Senhor é muito maior que qualquer problema!

Versículo:
Quando eu trouxer nuvens sobre a terra e nelas aparecer o arco-íris, então me lembrarei da minha aliança com vocês e com os seres vivos de todas as espécies. Nunca mais as águas se tornarão um dilúvio para destruir toda forma de vida. (Gn. 9.14-15)

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segunda-feira, 9 de abril de 2007

Descem as águas (Gn. 8)

Logo no início deste capítulo, lemos o versículo em que "Deus lembrou-se de Noé e dos animais que estavam com ele na Arca". Quando o Antigo Testamento usa o termo "lembrar-se", ele está se referindo à uma atenção especial dispensada à alguém, neste caso, Deus direcionou sua atenção para Noé e para a sua situação naquela embarcação.

Deus então faz soprar um vento sobre as águas até que a Arca repousa sobre o monte Ararate (abaixo), e em seguida, os cumes dos montes já podem ser vistos...

Noé então solta um corvo (por ser um animal que alimenta-se de carniça) para verificar se ele voltaria ou se encontraria alimento. Uma vez que o corvo pode ficar sobrevoando determinada área por muito tempo, ele solta uma pomba, que não encontra pouso e retorna ào seu porto seguro.

Sete dias depois, ele a solta novamente e ela retorna com um ramo de oliveira. Os ramos de oliveira se tornaram símbolo da paz, talvez por representar o fim do juízo de Deus. A pomba também possui uma simbologia de paz, e figura o Espírito Santo de Deus (anos mais tarde, ela foi o sinal de João Batista ao batizar nosso Senhor Jesus Cristo).

Quando as águas do dilúvio abaixaram e a pomba não mais voltou à Arca, Noé novamente foi obediente e aguardou pacientemente a instrução do Senhor para sair à terra.

No versículo 20, Noé demonstra a sua herança espiritual da linhagem de Sete, oferecendo um sacrifício de gratidão ao Senhor. Esta atitude agradou tanto à Deus que Ele prometeu não repetir este tipo de julgamento. Graças à Deus nós hoje podemos ter certeza na Sua promessa de que nunca deixará de existir verão e inverno, dia e noite, tempo de semear e de ceifar!

Oro: Senhor Deus, que eu possa demonstrar a mesma atitude que Noé teve como adorador - em espírito e verdade! Que a minha adoração seja uma consequência de uma atitude interior!

Versículo: "Enquanto durar a terra, plantio e colheita, frio e calor, verão e inverno, dia e noite jamais cessarão." (Gênesis 8.22)

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Leia também: O "Dilúvio Universal"

domingo, 8 de abril de 2007

Sobem as águas... (Gn. 7)

Interessante notar que Deus enviou Noé para entrar na Arca sete dias antes da primeira gota de água! Imagine só o que as pessoas daquela época estavam pensando ao ver Noé construir a Arca por anos e anos a fio e de repente começar a colocar vários animais dentro dela, sem seguida se trancar lá dentro com sua família! Não é preciso nem dizer as humilhações e condenações que ele deve ter ouvido... (Alguma semelhança com você?)

Mas mesmo assim, o versículo 5 nos diz que Noé fez tudo conforme as ordens do Senhor.

Provavelmente após a primeira gota cair do céu aquele povo corrupto deve ter imaginado: "Será possível que Noé estava certo?" Todos aqueles que se achavam os "poderosos" da época se tornaram como qualquer simples animal - não puderam contra a força das águas - contra a vontade de Deus.

Mas como será que Noé administrou o seu zoológico flutuante? Isso é uma incógnita. Além da necessidade de alimentá-los por tanto tempo e mantê-los tranquilos (suspeita-se que alguns deles tenham hibernado), certamente Deus estava no comando e controle de toda a situação.

Após quarenta dias e quarenta noites de chuva torrencial, aquela população perversa havia sido eliminada por completo e uma nova esperança surgia para a humanidade!

Imagine só que o dilúvio durou um total de 371 dias! Mas de um ano dentro da Arca, aguardando as águas baixarem para então iniciarem uma nova vida. E você? Você tem sido paciente como Noé e esperado a vontade do Senhor se manifestar na sua vida no tempo DELE? Ou você vem impondo a sua vontade própria como um filho mimado que quer tudo para a mesma hora? Lembre-se que mesmo que Noé decidisse realizar a vontade dele enquanto as águas ainda estavam cobrindo a terra, a salvação de sua vida estava DENTRO da Arca!

Oro: Senhor Deus, que a cada dia eu possa buscar mais e mais um nível de fé conforme o de Noé, que mesmo vendo a circunstância contrária, agiu conforme o Senhor ordenou! Me dê paciência para enfrentar as situações, pois sabemos que no mundo teremos aflições mas glórias à ti, Senhor, que Jesus venceu o mundo!

Versículo:
E tudo fez No~e, segundo o SENHOR lhe ordenara. (Gn. 7.5)

Leia este trecho aqui

Leia também:
A Arca de Noé já foi encontrada?

sexta-feira, 6 de abril de 2007

A triste degradação da humanidade (Gn. 6)

Neste capítulo, o escritor começa a relatar a corrupção da humanidade. A que ponto chegamos?

Este trecho bíblico também é bastante controverso e provoca muitas dúvidas e perguntas em vários tópicos, tais como: a idade limite instituída por Deus, os "Filhos de Deus" e as "Filhas dos Homens", os Gigantes (ou nephilin) e o arrependimento de Deus em ter criado o homem. Nos links você poderá ver o resultado de minhas pesquisas pessoais - espero que esclarece um pouquinho as suas dúvidas, lembrando apenas que "as coisas encobertas pertencem ao Senhor, o nosso Deus; mas as reveladas pertencem à nós e aos nossos filhos para sempre, para que sigamos todas as palavras desta lei." (Deuteronômio 29.29)

Com a assolação do gênero humano, uma pessoa em especial acho graça diante do Senhor. Este alguém era Noé.

Diante de uma sociedade altamente perversa e violenta, Noé permaneceu justo e íntegro - andando de maneira reta e em íntima intimidade com o Senhor.

Noé é um grande exemplo para nós cristãos dos dias de hoje. Nós também estamos vivendo em uma época em que a violência e a falta de amor é o tema principal de noticiários e de conversas do dia-a-dia. As vezes eu até me questiono se a sociedade de hoje não é pior do que a de antigamente! Jesus inclusive nos informou que os dias finais que antecederão a sua volta não serão nada bons...

Voltando ao Gênesis, a Bíblia não nos narra que antes do dilúvio já houvesse chovido na Terra. Provavelmente o anúncio do Senhor chocou Noé, e também o encheu de gratidão por ser digno de salvação. Sua presteza em atender o chamado do Senhor Deus e fazer conforme Ele havia ordenado revela-nos a sua fé genuína no Criador!

Novamente eu me questiono (faça-se esta pergunta também!): Se eu vivesse na época de Noé, em qual grupo eu estaria? Entre os corrompidos pelos prazeres do mundo ou entre os "loucos" que construíram uma arca seguindo "supostas ordens divinas"?

Oro: Senhor, obrigada por ter me resgatado quando eu ainda fazia parte deste mundo tenebroso! Não existem palavras no mundo para agradecer a ARCA DA SALVAÇÃO ETERNA que nos enviaste quando Jesus morreu na cruz. A vida com o Senhor tem um novo sentido - algo que somente aqueles que já entregaram a sua vida nas tuas mãos são capazes de entendem! Eu quero ser uma filha querida pra ti, Senhor! Que o Senhor possa achar em mim uma filha amada, em quem tu te alegra!

Versículo: Porém Noé achou graça diante do Senhor. (Gn. 6.8)

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terça-feira, 3 de abril de 2007

A única certeza dessa vida é a morte?? (Gn. 5)

Este capítulo nos chama a atenção a quantidade de anos que os seres humanos viviam antigamente.

Saindo das mãos do seu Criador; que o fez para ser imortal e foi tornando-se cada vez mais mortal; é interessante notar que as idades vão descrescendo, revelando assim a consequência do pecado. Tanto que hoje o ser humano tem uma média de vida de 75 anos.

Outro fato que merece atenção é a grande intimidade que devia haver no relacionamento entre Deus e Enoque - tão profundo à ponto de Deus tomá-lo para Si de modo extraordinário! De certa forma, Enoque simboliza a noiva de Cristo - aqueles que andam e amam à Deus - e que em breve serão arrebatados sem provar a morte!

Para os que dizem que "a única certeza dessa vida é a morte", reveja seus conceitos!

"Pela fé Enoque foi arrebatado, de modo que não experimentou a morte; 'e já não foi encontrado, porque Deus o havia arrebatado', pois antes de ser arrebatado recebeu testemunho de que tinha agradado à Deus." (Hebreus 11.5)

Um dia o Senhor Jesus virá buscar a sua noiva; pura e sem mácula!

Em qual grupo você estará? Entre os arrebatados ou entre os deixados para trás?

Oro: Senhor Deus, que no dia da volta de Jesus eu seja encontrada sem mancha nem ruga, mas santa e inculpável! (Efésios 5.27) Sei que o Senhor voltará como um ladrão - quando menos nós esperamos! Que eu permaneá sempre vigilante, orando sem cessar e com vestes santas! (Apocalipse 16.15)

Versículo: E andou Enoque com Deus; e já não foi encontrado, porque Deus o havia arrebatado." (Gênesis 5.24)

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